quinta-feira, 25 de março de 2010

Rios paranaenses pedem água

Poluição, atividade industrial, agrotóxicos e falta de redes de esgoto à população oferecem ameaça às bacia hidrográficas do Paraná.

Mesmo ocupando 10% do território nacional, os rios do Paraná estão pedindo socorro em relação à disponibilidade de água, já que são muitas as ameaças, como lançamento de esgoto, uso intensivo de agrotóxicos na agricultura, assoreamento, falta de matas ciliares. O diagnóstico para os riachos e córregos que cortam as cidades é pouco animador. Em geral, os rios urbanos paranaenses enfrentam a poluição.

Confira a situação dos rios paranaenses de acordo com estudo da Secretaria do Meio Ambiente do Paraná:

Rio Iguaçu
Extensão: 1.275 km
Situação: maior rio genuinamente paranaense nasce limpo nas encostas da Serra do Mar, mas começa a receber uma grande carga de esgoto doméstico e industrial na grande Curitiba. O Iguaçu e afluentes famosos, como os rios Barigui, Atuba, Belém, Bacacheri, Uvu, Ivo e Água Verde, estão em péssimas condições. Já no interior do Estado, a contaminação vem dos agrotóxicos utilizados nas grandes áreas agrícolas da região.

Rio Ivaí
Extensão: 685 km
Situação: os municípios de Maringá, Apucarana e Campo Mourão são banhados por essa bacia, onde também sofre por passar em regiões com intensa atividade agrícola. O solo carregado para o seu leito faz com que ocorra um processo lento e preocupante de assoreamento.

Rio ParanáExtensão: 400 km
Situação: a maior hidrelétrica do país, a Usina de Itaipu, está situada no Rio Paraná, cujas margens do lago formado pela represa estão bem preservadas. Na região de Toledo, porém, a suinocultura é a atividade econômica principal e gera uma alta carga poluidora.

Rio Paranapanema
Extensão: 392 km
Situação: ao longo do leito, estão instaladas nove hidrelétricas. Por conta das usinas, suas margens estão relativamente bem preservadas. Ali, no entanto, o problema é a carga elevada de esgoto sem tratamento, onde apenas metade da população tem rede de coleta de esgoto.

Rio Piquiri
Extensão: 484 km
Situação: percorre região de exploração agrícola, que contamina sua águas, além de ter uma séria dívida social, onde apenas 10% dos moradores das cidade que se localizam na bacia são servidos por rede de esgoto.

Rio Tibagi
Extensão: 550 km
Situação: segunda mais comprometida bacia, está comprometida coma presença de dois grandes pólos industriais, localizados em Londrina e Ponta Grossa, enquanto a atividade agropecuária intensa causa impacto no rio, aumentando os índices de poluição. Além disso, o reservatório de Alagados, que abastece Ponta Grossa, enfrenta constantemente problemas de eutrofização, que é o desenvolvimento intensivo de algas devido à presença de excesso de nutrientes provenientes de resíduos na água.

Fonte: rede diários do Paraná.

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